A águia empurrou gentilmente os filhotes para a beira do ninho.
Seu coração trepidava com emoções conflitantes, enquanto sentia a resistência deles.
Por que será que a emoção de voar precisa começar com medo de cair?
Essa pergunta eterna estava sem resposta para ela.
Como na tradição da espécie, seu ninho estava localizado no alto de um rochedo.
Será possível que, desta vez, não dará certo?
Mesmo com medo, a águia sabia que era tempo.
Sua missão materna estava praticamente terminada.
Restava apenas uma tarefa: o empurrão!
A águia tomou coragem!
Enquanto seus filhotes não descobrissem as asas, não haveria objetivo em suas vidas.
Enquanto não aprendessem a voar, não compreenderiam o privilégio de terem nascido águia.
O empurrão era o maior presente que a águia-mãe tinha para lhes dar.
Era o seu supremo ato de amor.
Por isso, um a um, ela os empurrou…
E eles?
Simplesmente voaram!!